Este blog está relacionado aos diversos projetos centrados na diversidade e pluralidade étnico-racial que desenvolvemos, sempre de forma coletiva e colaborativa, nas instituições educacionais e educativas onde atuamos como EDUCADOR, seja como professor, coordenador de núcleo educacional, assistente de diretor de escola ou diretor de escola.

Pois, consideramos de extrema importância, desde o início e durante todo o processo educacional, a proposição acerca da questão da IDENTIDADE, pois penso que o país e a sociedade, como um todo, só tem a ganhar com pessoas conscientes e bem resolvidas nesse contexto.

Acredito que esta FERRAMENTA, com os seus conteúdos e informações (textos, imagens, atividades entre outros), nos possibilitará acessar informações relativas ao que há de africano no Brasil, assim como referente ao continente africano, tão vasto e múltiplo, que pouco conhecemos aqui no Brasil.

Nos possibilitará também, valorizarmos a diversidade étnico-cultural, étnico-racial, a partir do debate, reflexão e estímulo a valores e comportamentos éticos como o amor, a amizade, o respeito, a solidariedade e a justiça, de forma que a todo o momento possamos nos posicionar contra qualquer forma de intolerância, e especificamente nos colocando contra todo o tipo de discriminação racial e a favor de práticas antirracistas.

09 novembro 2011

KIRIKU E A FEITICEIRA

EU ACHEI ESTE RELATO ACERCA DO FILME "KIRIKU E A FEITICEIRA", QUE INCLUSIVE EU RECOMENDO, ESCRITO POR UM COLEGA DA NET, O LÉO CARRER, DE GOIÁS. MUITO INTERESSANTE A REFLEXÃO E O TEXTO, LEIAM:

Já perceberam que no cinema moderno ocidental há uma quase total ausência de heróis negros? Podemos nunca ter parado para pensar nisto, mas o padrão de herói para a sociedade ocidental varia em vários aspectos, temos heróis jovens, velhos, magros, musculosos, loiros de olhos azuis e morenos de olhos castanhos, mas num ponto estes padrões não variam: são sempre brancos. Basta assistirmos aos principais filmes de super-heróis de hollywood ou pegar as principais HQ's do mercado para percebermos isto.

A raça negra é totalmente excluída e ignorada neste processo. Quando muito fazem uma ponta nos filmes. Mas na contramão da corrente, um francês resolve fazer um desenho animado sobre um pequenino garoto africano, negro, que vive em uma aldeia africana, e é muito corajoso e inteligente. Estamos falando de Kirikú, personagem principal do filme Kirikú e a Feiticeira, desenho animado produzido por Michel Ocelot, baseado em um conjunto de lendas africanas.

O filme conta a história do menino Kirikú, um garoto que nasce em uma aldeia que vive ameaçada por uma maldosa feiticeira, Karabá. Ela devora os homens da aldeia, seca a fonte de água que abastece a aldeia e ainda obriga as mulheres a entregarem todas as suas jóias, e ninguém tem coragem de enfrentar a poderosa feiticeira. Mas Kirikú é um garoto minúsculo e muito inteligente, que não para de perguntar a todos na aldeia porque a feiticeira é tão malvada. Sem obter respostas, Kirikú parte em busca de seu avô, um sábio que vive além das montanhas, para saber porque a feiticeira Karabá é tão malvada, e quem sabe assim descobrir um modo de derrotá-la e livrar sua aldeia.

Com uma linguagem simples, este desenho mostra um pouco da vida tradicional africana, e trabalha com a idéia de como nascem os mitos, quando preferimos acreditar nas coisas que ouvimos, ao invés de buscarmos a verdade. Aqui entra o personagem de Kirikú, que não se contenta com o que lhe dizem, mas vai atrás para conhecer os fatos e assim saber como realmente as coisas são. Este filme é um tratado sobre a verdade e o conhecimento, excelente para mostrar um pouco das lendas africanas, tão desconhecidas do ocidente, e inserir o negro como personagem no cinema, já que ele sempre foi tão excluído.

Escrito por Léo Carrer (http://antitelejornal2.blogspot.com/2010/01/kiriku-lenda-de-um-heroi-negro.html)
iDcionário Aulete

A principal função da educação é seu caráter libertador.

Educar não é repassar informações, mas criar um patrimônio pessoal.